17 de fevereiro de 2015

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NO FUNDO DO MEU QUINTAL


Olhei para o fundo do meu quintal e percebi que lá tem de tudo:
Tem a bicicleta, a infância, a inocência.
Tem o usado, o jogado e o desgastado.
Tem também o passado, surrado, rejeitado.
Tem o que me faz sorrir e o que já não mais quis.
Tem o guardado para ser lembrado e o que não consegue ser abandonado.
Tem o desejo passageiro e o organizado desajeitado.
Tem o querer, o viver e desfazer.
Olhei para o fundo do meu coração e percebi que lá tem de tudo



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